16/01/2015

Confederação Brasileira de Hipismo sugere parceria com Ministério da Agricultura

Modalidade que já conquistou três medalhas olímpicas para o Brasil, o hipismo busca uma parceria para diminuir as dificuldades do transporte dos cavalos para a Europa. O presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) Luiz Roberto Giugni, se reuniu na última quinta-feira com o novo ministro do Esporte George Hilton, com o objetivo de criar uma interface também com o Ministério da Agricultura.

- Hoje os animais não podem ser deslocados diretamente do Brasil para a Europa. A viagem dos cavalos é complexa, existe uma série de regras sanitárias que atrapalha muito a preparação. Esse foi um dos pontos que tratei com o ministro, pois nosso caminho hoje passa por quarentena nos Estados Unidos para depois ir à Europa. É muito mais custoso e exige que você mantenha um cavaleiro, cavalo e tratador durante um mês na América do Norte, se preparando para ir ao continente europeu - disse.

Especialistas no esporte afirmam que um bom cavalo é mais da metade do caminho andado para uma medalha olímpica no hipismo, por isso, a preocupação do presidente da CBH com relação à saúde dos animais.

O dirigente afirma que o grande objetivo para a temporada de 2015 está nos Jogos Pan-Americanos, que serão realizados em Toronto:

- Neste ano o foco é nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. É a competição mais importante da temporada, e enviaremos o melhor time na busca por medalhas. Mas também temos cavaleiros na Europa participando da Copa das Nações, que tem provas importantíssimas ao longo do ano. Nós disputamos a final nas duas últimas edições e conquistamos a medalha de prata em 2013. Discutimos também um pouco sobre o Rio 2016 e os convênios com a pasta. Os projetos são ambiciosos. Nós temos interesse nas três modalidades, projetando duas medalhas pelo menos, no CCE e no Salto. O Brasil conta hoje com muitos cavaleiros competindo em altíssimo nível, tanto lá fora, na Europa, como aqui no país - disse.

O hipismo olímpico é dividido em três modalidades - saltos, adestramento e CCE, que é o Concurso Completo de Equitação. As três medalhas da história do país vieram nos saltos, duas de bronze por equipes (1996 e 2000) e ouro de Rodrigo Pessoa em 2004. No CCE, em que um mesmo conjunto faz provas de adestramento, cross country e saltos, a melhor participação na história foi um sexto lugar nos Jogos de Sydney-2000. O adestramento é o menos desenvolvido, com nenhum atleta entre os 45 melhores do mundo. 

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